quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A luta pela terra

Ah, senhores que aprisionam nossas terras...

Não nos venham dizer quem somos;
Não venham ditar nossos sonhos,
Nem projetar nosso destino.
Já o sabem nossos meninos:
Somente com liberdade há vida.

E de nós, dizemos nós mesmos!

Os galos e as galinhas já cantam no terreiro;
O cheiro da manhã já se anuncia.
Se a cerca ainda avança;
Nossos passos já não param à porteira;
Nosso grito, a bala já não cala;
Nossos corpos, já não cabem mais nas celas;
E nossos braços não repousam cruzados à terra fria;
Porque não nos prestamos a isso!

Ah, senhores que aprisionam nossas terras...

Não assistiremos passivos
Transformarem nossos campos
Em venenosos pastos;
Não sucumbiremos à vossa gana capitalista;
Resistiremos;
Existiremos;
Construiremos outro campo!

Nessa marcha de homens e mulheres,
Combateremos até a vida.
(Em nossos horizontes não cabe a morte)
Porque nosso motor é a luta;
Nosso lugar é a Terra;
Nosso grito, liberdade!
E nosso sonho,
Uma nova sociedade!

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