quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Altas horas

É tarde...
As horas quase já não são mais desse dia
Aonde não chega o mercúrio ou néon
Somente o breu, a agonia.
Vultos sombrios vagam na noite
Crianças sombrias a esmo, drogadas.

Os velhos e mendigos já não esmolam
Dormem, nos cantos, nos bancos
Sem canto, jogados...

Nos bares há vida, comida, bebida ávida.
Os travestis estão nas esquinas,
Os assaltantes, também
A morte os espreita mais de perto,
A mim também.

Incerto, mas certo,
Entorpe o dia amanhece...

Amém!

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