É tarde...
As horas quase já não são mais desse dia
Aonde não chega o mercúrio ou néon
Somente o breu, a agonia.
Vultos sombrios vagam na noite
Crianças sombrias a esmo, drogadas.
Os velhos e mendigos já não esmolam
Dormem, nos cantos, nos bancos
Sem canto, jogados...
Nos bares há vida, comida, bebida ávida.
Os travestis estão nas esquinas,
Os assaltantes, também
A morte os espreita mais de perto,
A mim também.
Incerto, mas certo,
Entorpe o dia amanhece...
Amém!
Nenhum comentário:
Postar um comentário