Para uma escola do campo,
Antes de tudo, o campo.
Pois, sem campo não há vida;
E para campo, reforma agrária.
E escolas,
Onde nossos filhos e filhas possam aprender o conhecimento.
Porque o conhecimento nos humaniza;
Porque é nosso direito;
E por isso, fechar escola é crime!
Em seguida, a autonomia.
Pois, nossas escolas serão públicas;
Porque dirigidas político e pedagogicamente pelo povo organizado:
Os trabalhadores e as trabalhadoras do campo.
Uma Escola do Povo;
Uma Escola do Campo;
Uma Escola do Trabalho;
Da classe trabalhadora camponesa!
Nessa escola não será o Capital o educador;
Nem o Estado seu pelego;
Nem os professores e as professoras, alienados cumpridores de programas
“sem partido”,
Das habilidades e competências para o mercado;
Mas sujeitos políticos, intelectuais, livres!
Educadores e educadoras do futuro;
Formadores e formadoras do homem e da mulher do futuro;
Esses, também, políticos, intelectuais e livres!
Construtores e construtoras dos construtores e das construtoras do
futuro;
Do campo do futuro;
Da sociedade do futuro.
Para tanto,
Não mais formação cognitiva, unilateral para o mercado;
Mas educação omnilateral, multidimensional para a vida.
Não mais educação individualista para a competição e a exploração do
homem pelo homem;
Mas uma educação coletiva, socialista para a solidariedade entre todos os
seres.
Não mais formação de capital humano, reprodutora, produtora de mais
valia;
Mas uma educação politécnica, da teoria e da prática, da práxis, do
trabalho criativo.
Não mais uma educação apartada da vida, da realidade. Educação neutra,
sem cheiro, sem sentido;
Mas uma educação contextualizada; interessada pela vida; comprometida com
a transformação da realidade.
Essa escola não existe;
Estamos nós a inventá-la!
E para isso é preciso lutar,
Ocupar
E transformar a Escola Capitalista.
E Construir a Escola do Campo!