quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Para uma Escola do Campo

Para uma escola do campo,
Antes de tudo, o campo.
Pois, sem campo não há vida;
E para campo, reforma agrária.

E escolas,
Onde nossos filhos e filhas possam aprender o conhecimento.
Porque o conhecimento nos humaniza;
Porque é nosso direito;
E por isso, fechar escola é crime!

Em seguida, a autonomia.
Pois, nossas escolas serão públicas;
Porque dirigidas político e pedagogicamente pelo povo organizado:
Os trabalhadores e as trabalhadoras do campo.

Uma Escola do Povo;
Uma Escola do Campo;
Uma Escola do Trabalho;
Da classe trabalhadora camponesa!

Nessa escola não será o Capital o educador;
Nem o Estado seu pelego;
Nem os professores e as professoras, alienados cumpridores de programas “sem partido”,
Das habilidades e competências para o mercado;
Mas sujeitos políticos, intelectuais, livres!

Educadores e educadoras do futuro;
Formadores e formadoras do homem e da mulher do futuro;
Esses, também, políticos, intelectuais e livres!
Construtores e construtoras dos construtores e das construtoras do futuro;
Do campo do futuro;
Da sociedade do futuro.

Para tanto,
Não mais formação cognitiva, unilateral para o mercado;
Mas educação omnilateral, multidimensional para a vida.
Não mais educação individualista para a competição e a exploração do homem pelo homem;
Mas uma educação coletiva, socialista para a solidariedade entre todos os seres.
Não mais formação de capital humano, reprodutora, produtora de mais valia;
Mas uma educação politécnica, da teoria e da prática, da práxis, do trabalho criativo.
Não mais uma educação apartada da vida, da realidade. Educação neutra, sem cheiro, sem sentido;
Mas uma educação contextualizada; interessada pela vida; comprometida com a transformação da realidade.

Essa escola não existe;
Estamos nós a inventá-la!

E para isso é preciso lutar,
Ocupar
E transformar a Escola Capitalista.
E Construir a Escola do Campo!

O Presente

Seria uma única vez,
No máximo duas.
Por puro descuido,
Deixamos que se misturassem as peles.
Porque era bom.
Até perdermos as contas...

E quando nos demos conta,
Mais um dia amanhecia,
A misturar nossa história,
A nos encher de alegria.

E na sua companhia,
O futuro, outrora ausente,
Vai tecendo cada dia,
Em que você é meu presente!

domingo, 6 de agosto de 2017

Por Falar em Golpe

Ouvi dizer que, por esses dias, houve um golpe.
Mais um golpe! Tantos golpes...
Mais uma vez, golpearam a frágil democracia.
Covardia!
Tadinha, mal respirava, desfalecia...
Dizem que já nascera doente. Doença congênita.

Na verdade, ela só quer ser as pregas!
E nem é essas coisas toda...

Mas como se diz, do povo, a sabedoria:
Ruim com ela; pior sem ela.
E o golpe, é sempre mais embaixo!

Mais baixo, complexo, e profundo...
Dizem que vai às tripas!
Que é um câncer no oco do mundo.

Por isso,
Entre a democracia burguesa
E a ditadura burguesa;
Prefiro a revolução do proletariado!

“Trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo, uni-vos!”