quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

In memória

Cada um de nós é guardião da memória de nossos ancestrais.
Material e espiritualmente,
Eles seguem vivos em nós e em nossos descendentes.
Deles herdamos a matéria física, biológica, de que somos feitos;
E os sentidos que deram às suas vidas e ao mundo, marcam as nossas vidas, o nosso mundo.
Assim, continuam existindo em nossos corpos, em nossas mentes, em nosso mundo.

A memória dos ancestrais anima,
É alma, é vida, é reencontro...

E reencontrar quem amamos, só pode ser motivo de alegria.

Até quando?

Até quando dobraremos sob a exploração?
Até quando rodaremos as engrenagens da opressão?
Se a própria terra já não suporta a cerca
Se a seca já não tem mais estação
Se não mais as matas
Se a tudo se mata...
Se a fome ainda sobra sob o lucro do patrão
Se as crianças já não são o futuro da nação
Se a cor ainda dá o tom da discriminação...

Até quando?
Até quando aceitaremos o mercado da educação?
Até quando nossa história será só reprodução?
Até quando Sim?

Basta!
De agora em diante: Não!

Pretinha

Pretinha sumiu...
Alguém viu?
Dizem que anda correndo descalça pela mata virgem;
Comendo fruta madura do pé;
Banhando nua nos rios e igarapés...
Vontade de ser mata virgem;
Vontade de ser pé de fruta;
Vontade de ser rio ou igarapé...

Vontade de Pretinha.