O ofício
dos ofícios, por muitos, desprestigiado;
Forma médico, engenheiro, político e advogado.
Em nosso mundo moderno, com sua complexidade,
O mais ilustre doutor não teria o seu valor,
Se dispensasse o trabalho do humilde professor.
E para além dos ofícios que demandam dos ensinos,
Que se
passam na escola, desde a mais tenra idade;
É lá aonde se aprende um importante conhecimento,
Que
explica os fundamentos e os rumos da sociedade.
Até mesmo a felicidade do ser humano moderno
Pode
encontrar nos cadernos as suas primeiras linhas.
Em cada lição de amor aprendida ali na sala;
Na aula de
solidariedade, de respeito e empatia;
Nas rodas
da alegria espalhadas em cada canto;
Na
rotina sem descanso, na lida do dia a dia.
Ensinar
e aprender;
Aprender
ao ensinar;
Ensinar
para aprender;
Aprender
pra transformar!
Mas parece que a escola padece de um encante...
E o
trabalho faz-se pranto. E o estudo faz-se dor.
E o
professor alienado, explorado, desvalido,
Um mero repetidor
de uma lição sem sentido,
Que já não
encontra ouvidos num público expectador.
Reféns de nefasta ordem que assola a sociedade,
Quem ensina já nem sabe do saber o seu sentido;
Quem aprende não confere ao ensino seu valor.
Lições de um mundo caduco, sem futuro, desolado;
De um ser desumanizado, num mundo empadecido...
É tempo de desencante, cobrar do homem a razão;
Resgatar a autonomia rumo à emancipação,
De cada
trabalhador.
Ser sujeito
criador, transformador da história.
Jogar
duro, até a vitória, no papel de educador,
Ensinador
de utopias, semeador de esperanças...
Educar cada criança na plena cidadania,
Pra ver
raiar um novo dia de fraternidade e amor.
Ensinar e aprender;
Aprender
ao ensinar;
Ensinar
para aprender;
Aprender
pra transformar!
Paulo
Roberto, 15/07/2019