quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Desatino

Quando tua língua toca meu corpo inerte
Um turbilhão de sensações desencadeia
Interligadas como os nós de uma teia
Em cada ponto, uma diferente

A alma abandona o corpo ausente
Sem ordem, sem nexo, em desatino
Não sei se estou chorando ou sorrindo
Ao entregar-me ao natural deleite

E no vazio em que se encontra a mente
No limiar entre o real e o devaneio
A razão, doida, busca no teu seio
O seu prazer, único regente.

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