sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Lua Cheia!

De namorar gostoso à beira mar...

As mãos, pelas dunas e falésias a passear
O vento, a gemer sussurrando indecente
Enquanto rasga o céu um astro cadente
Solver sua maresia até embriagar.

Sentir a água morninha dizendo que é hora
Enfiar-se mar a dentro, sem rumo, sem mora
Entregue ao vai e vem revolto.

Até que a lua mergulhe no horizonte
E o primeiro raio de sol desponte
A revelar que, embora a lua se esconda,
A maré, sob sua regência, avança
Seguindo o dia naquela mesma onda.

Lambendo a praia, misturando as peles...

E ao pôr-do-sol ver reluzir nos pelos
O colorido do crepúsculo em despedida
E ela soberana ressurgida
A variar, assim, nas suas fases
Mais uma noite de amor repita.