quarta-feira, 30 de abril de 2014

Tempo de crises

Quando o mais valor não se vê realizado;
E se o explorador elimina o explorado;
E o velho poder se encontra abalado;
O que não convém dizer, já não quer ficar calado;
E o que tinha tudo pra dar certo, dá errado;
E o balde que tanto se cuidou, cai chutado...
É tempo de crises.

Quando o que se sente, já não se sabe o sentido;
E a velha explicação não é mais o veredicto;
E o insignificante apêndice explode aos gritos;
E a zona de conforto vira zona de conflitos...
Quando já deu!
E o mais casto puritano diz: fodeu!
É tempo de crises.

E Crise é bucho!
Gravidez existencial,
Prenha de possibilidades.

Tempo de crises não é tempo de parar;
Tempo de crises é tempo de parir!

terça-feira, 15 de abril de 2014

Discursos

A realidade é muito mais que os discursos que dela dizem.
Mas, de tanto ouvir, acabamos tomando-a pelos discursos.
Por outro lado, embora não sendo a realidade, os discursos a compõem,
Revelando-a, ocultando-a, orientando as ações que a conservam ou a transformam.
Portanto, importa fazer e importa dizer.

Mas, quem foi que disse?
Não podemos continuar ditos apenas pelos outros.
É urgente que, de nós, digamos nós mesmos!

domingo, 13 de abril de 2014

Pegadas na areia

Pés
Pegadas
Pegadas na areia...

Pés
Pegadas
Pegadas na areia;

Tchuaaa!!!!
O mar levou...

Pés
Pegadas
Pegadas na areia...