segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Viva a Educação do Campo!

Educadores e educadoras do campo,
Preparemos as ferramentas para a lida.
O grito que nos chama é a vida,
Que reclama o direito de viver.
Na terra, no mar, nas matas,
Em todo canto onde houver luta,
Batalhemos a nossa labuta,
E escutemos, da luta, o saber.

Escutemos os gemidos que brotam da terra;
Escutemos os mares;
Escutemos as matas.
São gritos doídos de terra cercada,
De mares saqueados,
De matas tombadas.
São gritos daqueles feridos na luta,
Gemidos de fome, de morte, de dor;
São sussurros de consolo;
São gemidos de amor;
São os gritos de um povo: Liberdade!

Educadores e educadoras do campo,
Sintamos o cheiro da terra molhada.
A hora é agora: a semente jaz plantada.
Mas como vingar numa terra aprisionada?
Derrubemos, pois, as cercas!
Libertemos esse chão!
E na terra de todos e todas;
Em toda a terra;
Em todos nós;
Cultivemos nossa semente: Libertação!

E no ofício camponês,
Fecundando uma nova terra,
Semeando um novo campo,
Não ouviremos velhos gritos;
Entoaremos um novo canto:
Viva o novo homem e a nova mulher!
Viva a nova sociedade!
Viva o novo campo, a nova cidade!
Viva a Liberdade!
Viva a Educação do Campo!

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