Não me perguntem...
Não me pergunto.
Pois já não digo com palavras.
Porque quando falo, minto;
E quando minto, nego;
E quando nego, calo...
E em meu silêncio
Já não sigo caminhos,
Já não faço meus caminhos,
Descaminho, a esmo...
Sem rota e sem rastros
Sigo para qualquer parte,
Dando voltas em meus próprios passos,
Tropeçando em minhas próprias pernas.
Sem metas, nem cartas
Vou atento às setas, às placas;
Para delas desviar-me.
Alimentando-me de palavras
Vou conjugando cada verbo à sorte.
Buscando no caos sua ordem;
Na morte, o cume da vida;
Na vida, a razão da morte.
Desdizendo o que disse:
Desfazendo caminhos,
Construindo novas trilhas,
Vou seguindo velhos mapas...
Sempre escrevi em versos. Pensei,então, para o título do blog, algo como "in versos", não estava disponível. Depois, atentei que escrevia geralmente para mim mesmo, portanto, "introversos" expressaria melhor a idéia, também indisponível. Finalmente, ocorreu-me fazer uma malvadeza comigo mesmo, não somente tornando-os públicos, mas romper com uma forma de escrita, permitindo-me escrever o que estiver a fim, do jeito que desejar, para quem quiser ler... meus (per)versos. Aí foi!
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Feridas
Ferida que dói
É carne que está viva.
Sente,
Reclama,
Quer vida.
A ausência da dor é a morte;
Esperança é virtude do forte;
A última dor é a porta da alegria.
É carne que está viva.
Sente,
Reclama,
Quer vida.
A ausência da dor é a morte;
Esperança é virtude do forte;
A última dor é a porta da alegria.
Da boca pra fora
Da boca pra fora eu digo o que quero
Não tenho problemas, sou muito feliz
Recito palavras doces aos teus ouvidos
Eu sou teu espelho, tu és minha atriz
Profiro palavras ferinas, malvadas
Tu és minha amada, és tudo que quis
Respostas seguras, projetos, conceitos
Sou quase perfeito, da boca pra fora
Da boca pra fora tudo é relativo
Não finjo, não minto, sou dono de mim
O amor que eu sinto ou não sinto em meu peito
Digo-te agora, da boca pra fora
Ou não conto a ninguém
Não pense que escondo minha identidade
Veja o meu retrato está em toda parte
Veja o meu nome é o mesmo seu
Se queres saber quem sou eu agora?
Digo-te sem medo, não tenho segredos:
Sou forte, sou belo, sou cheio de sorte
Sou cheio de vida, não temo a morte
Odeio a mentira, sou simples, seguro
Dou-te minha palavra...
Da boca pra fora.
Não tenho problemas, sou muito feliz
Recito palavras doces aos teus ouvidos
Eu sou teu espelho, tu és minha atriz
Profiro palavras ferinas, malvadas
Tu és minha amada, és tudo que quis
Respostas seguras, projetos, conceitos
Sou quase perfeito, da boca pra fora
Da boca pra fora tudo é relativo
Não finjo, não minto, sou dono de mim
O amor que eu sinto ou não sinto em meu peito
Digo-te agora, da boca pra fora
Ou não conto a ninguém
Não pense que escondo minha identidade
Veja o meu retrato está em toda parte
Veja o meu nome é o mesmo seu
Se queres saber quem sou eu agora?
Digo-te sem medo, não tenho segredos:
Sou forte, sou belo, sou cheio de sorte
Sou cheio de vida, não temo a morte
Odeio a mentira, sou simples, seguro
Dou-te minha palavra...
Da boca pra fora.
Viva a Educação do Campo!
Educadores e educadoras do campo,
Preparemos as ferramentas para a lida.
O grito que nos chama é a vida,
Que reclama o direito de viver.
Na terra, no mar, nas matas,
Em todo canto onde houver luta,
Batalhemos a nossa labuta,
E escutemos, da luta, o saber.
Escutemos os gemidos que brotam da terra;
Escutemos os mares;
Escutemos as matas.
São gritos doídos de terra cercada,
De mares saqueados,
De matas tombadas.
São gritos daqueles feridos na luta,
Gemidos de fome, de morte, de dor;
São sussurros de consolo;
São gemidos de amor;
São os gritos de um povo: Liberdade!
Educadores e educadoras do campo,
Sintamos o cheiro da terra molhada.
A hora é agora: a semente jaz plantada.
Mas como vingar numa terra aprisionada?
Derrubemos, pois, as cercas!
Libertemos esse chão!
E na terra de todos e todas;
Em toda a terra;
Em todos nós;
Cultivemos nossa semente: Libertação!
E no ofício camponês,
Fecundando uma nova terra,
Semeando um novo campo,
Não ouviremos velhos gritos;
Entoaremos um novo canto:
Viva o novo homem e a nova mulher!
Viva a nova sociedade!
Viva o novo campo, a nova cidade!
Viva a Liberdade!
Viva a Educação do Campo!
Preparemos as ferramentas para a lida.
O grito que nos chama é a vida,
Que reclama o direito de viver.
Na terra, no mar, nas matas,
Em todo canto onde houver luta,
Batalhemos a nossa labuta,
E escutemos, da luta, o saber.
Escutemos os gemidos que brotam da terra;
Escutemos os mares;
Escutemos as matas.
São gritos doídos de terra cercada,
De mares saqueados,
De matas tombadas.
São gritos daqueles feridos na luta,
Gemidos de fome, de morte, de dor;
São sussurros de consolo;
São gemidos de amor;
São os gritos de um povo: Liberdade!
Educadores e educadoras do campo,
Sintamos o cheiro da terra molhada.
A hora é agora: a semente jaz plantada.
Mas como vingar numa terra aprisionada?
Derrubemos, pois, as cercas!
Libertemos esse chão!
E na terra de todos e todas;
Em toda a terra;
Em todos nós;
Cultivemos nossa semente: Libertação!
E no ofício camponês,
Fecundando uma nova terra,
Semeando um novo campo,
Não ouviremos velhos gritos;
Entoaremos um novo canto:
Viva o novo homem e a nova mulher!
Viva a nova sociedade!
Viva o novo campo, a nova cidade!
Viva a Liberdade!
Viva a Educação do Campo!
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