quarta-feira, 30 de abril de 2014

Tempo de crises

Quando o mais valor não se vê realizado;
E se o explorador elimina o explorado;
E o velho poder se encontra abalado;
O que não convém dizer, já não quer ficar calado;
E o que tinha tudo pra dar certo, dá errado;
E o balde que tanto se cuidou, cai chutado...
É tempo de crises.

Quando o que se sente, já não se sabe o sentido;
E a velha explicação não é mais o veredicto;
E o insignificante apêndice explode aos gritos;
E a zona de conforto vira zona de conflitos...
Quando já deu!
E o mais casto puritano diz: fodeu!
É tempo de crises.

E Crise é bucho!
Gravidez existencial,
Prenha de possibilidades.

Tempo de crises não é tempo de parar;
Tempo de crises é tempo de parir!

Nenhum comentário: